Sem Juízo, por Marcelo Semer: ....populismo penal puxa o gatilho dos assassinato...: O direito penal parece ser mesmo o único produto que quanto mais falha, mais ganha prestígio O fuzilamento do brasileiro Marco Archer...
"Enquanto o Estado é apropriado pelo mercado, diminuem fortemente os amortecedores sociais, e aumenta a rigidez penal.
O Estado policial é indispensável para conviver com o desmantelamento do Estado social, com a globalização que rompe fronteiras para o capital e cria muros para o cidadão..."
Um blog sustentável cheio de direitos e tortos, de crianças e adolescentes, sóis e girassóis, falas e silêncios...
sábado, 31 de janeiro de 2015
VIDAS
Uma poesia uns
versos
Para o tempo
passar
Tempo amansa
Pede uma
canção
Para vida recomeçar
Tem dias que a
vida para
Tem dias que a
vida pode
terça-feira, 27 de janeiro de 2015
Ladislau Dowbor – Pikettismos: relexões sobre o Capital no Século XXI
http://dowbor.org/2014/07/ladislau-dowbor-pikettismos-relexoes-sobre-o-capital-no-seculo-xxi-julho-2014-17p.html/
"A verdade é que Thomas Piketty, com a força da juventude e uma saudável distância das polarizações ideológicas que tanto permeiam a análise econômica, abriu novas janelas, trouxe vento fresco, nos permitiu deslocar a visão. Se bem que o problema da distribuição da renda sempre estivesse presente nas discussões, a teoria econômica terminou centrando-se muito mais no PIB, na produção de bens e serviços, e muito insuficientemente na repartição e nos mecanismos que aumentam ou reduzem a desigualdade.
Esta atingiu níveis obscenos. Quando uma centena de pessoas são donas de mais riqueza do que a metade da população mundial, enquanto um bilhão de pessoas passa fome, francamente, achar que o sistema está dando certo é prova de cegueira mental avançada. Mas para muita gente, trata-se simplesmente de incompreensão, de desconhecimento dos mecanismos.
A lenta dissipação da neblina que cerca o problema da desigualdade vem sendo construída nas últimas décadas. Basicamente, enquanto a partir dos anos 1980 o capitalismo entra na fase de dominação dos intermediários financeiros sobre os processos produtivos – o rabo passa a abanar o cachorro (the tail wags the dog)é a expressão usada por americanos como Joel Kurtzmann – e com isto passa a aprofundar a desigualdade, foram se construindo, com grande atraso, as análises das implicações."
segunda-feira, 26 de janeiro de 2015
VERBOS E VERSOS - INDRISO
Não escolho
verbos
Reajo -
conjugo
Se molhar -
enxugo
Não escolho
versos
Sento e
escrevo
É como me
atrevo
Fico mudo nada
vejo
Mas reajo
ainda cedo
*Indriso - poema composto de dois tercetos e duas estrofes de verso único.
domingo, 25 de janeiro de 2015
SACO SEM FUNDO - INDRISO
Saco sem fundo
Palavras
gratuitas
Quase caladas
Outra e outra
Nenhuma se torna
O caldo
entorna
Nenhuma sacada
Nem rima nem
nada
terça-feira, 20 de janeiro de 2015
QUEM?
Quando
tu cais da cama?
Quem
assim te ama
Sem
preço ou artimanha?
Quem
ainda te ama
Quando
nada mais te reclama
Quem?
Quem? Quem?
Ainda
se derrama
Quando
tu contas
Teu
novo drama
Quem?
Quem? Quem?
Alguém
que vai que vem
Que
é teu mal é teu bem
Quem?
Quem? Quem?
domingo, 18 de janeiro de 2015
HAICAI
I.
Haicai
é o vento
O
sol esquentando o dia -
Poesia
de olho vivo
II.
Ipês
tristes
Derramam
lágrimas roxas –
Severo
é o sol
sábado, 17 de janeiro de 2015
OUTRA CANÇÃO!
Sem confusão
Não é minha a emoção
Please! Outra canção
Barafunda
Uma
hora tudo afunda
O
assunto fica estranho
No
osso a dor do estanho
Na
carne tudo redunda
Tudo
sucede antes de segunda
Segura
minha mão
Eu
aprofundo vou fundo
Levo
você deste mundo
Alega
uma intenção
Eu
agarro amarro
No
teu o meu coração
domingo, 11 de janeiro de 2015
O TREM
Que
venha alguém
Ou
que
Não
venha ninguém
Qual
é a hora desse trem?
Estou
aqui
Sem
nenhum vintém
Esperando
Pelo
que vem
Qual
é a hora desse trem?
Ai
de mim
Ai
de quem
Não
sabe
Da
vida que tem
sábado, 3 de janeiro de 2015
LEAP BRASIL
http://www.leapbrasil.com.br/missao/principios
2. A LEAP advoga a eliminação da política de proibição das drogas e a introdução de uma política alternativa de controle e regulação das drogas, incluindo pertinentes regulamentações impositivas de restrições à venda e uso de drogas em razão da idade, da mesma forma que existem restrições em razão da idade ao casamento, assinatura de contratos, álcool, tabaco, direção de veículos e operação de equipamentos pesados, direito de voto, e outras.
3. A LEAP acredita que o abuso de drogas por parte de adultos é um problema de saúde e não algo que diga respeito ao sistema penal, na medida em que tal abuso não afete outras pessoas ou a propriedade alheia.
4. A LEAP acredita que o uso de drogas por parte de adultos, ainda que perigoso, é algo que diz respeito à liberdade individual até onde não afetar a liberdade ou a segurança de terceiros.
6. A LEAP reconhece que mesmo em um mundo pós-proibição as drogas ainda poderão ser perigosas e potencialmente aditivas, exigindo uma regulação e um controle adequados. Mesmo em uma economia de livre-mercado, regulamentações racionais para os fins de saúde pública constituem um princípio sólida e largamente aceito. Tal regulamentação não deve permitir a venda de drogas de forma indiscriminada, ilimitada ou casual.
7. A LEAP acredita que o governo tem uma obrigação relacionada à saúde pública de cuidadosamente verificar os riscos associados ao uso de cada “droga ilícita” e o dever de claramente comunicar essa informação ao público mediante etiquetas e advertências, de forma semelhante ao que é feito com alimentos, tabaco, álcool e remédios.
8. A LEAP acredita que uma desmedida quantidade de pessoas tem sido indevidamente encarcerada por violação de leis zero-tolerantes, criminalizadoras de não-violentos e consensuais “crimes relacionados a drogas”. O fim da proibição permitirá que essas pessoas sejam imediatamente libertadas, tenham os registros criminais cancelados e seus direitos civis plenamente restaurados. No entanto, a revogação da proibição das drogas não implica a absolvição ou a retirada de acusações por crimes conexos, tais como crimes violentos, crimes relacionados a armas, furtos, ou direção de veículos sob a influência de drogas. Além disso, a LEAP acredita que usuários de álcool ou outras drogas, agindo sob a influência de substâncias alteradoras da percepção, devem ser responsabilizados por qualquer conduta que cause danos a outras pessoas ou à propriedade alheia.
9. A LEAP acredita que pessoas que sofram com o abuso de drogas e a dependência e queiram ajuda devem ter garantidas diversas formas de assistência, incluindo tratamento e manutenção da droga, mesmo quando não tenham seguro-saúde. A LEAP acredita que, com o fim da proibição e a recuperação do controle sobre os gastos com a justiça criminal, uma fração da economia que assim se fará seria mais do que suficiente para custear a expansão dos serviços voltados para a dependência.
10. A LEAP reconhece que diferentes “drogas ilícitas” trazem diferentes riscos de dano. Assim, em um mundo pós-proibição, aLEAP reconhece que um determinado conjunto de regulamentações e controle para uma substância pode não ser a regulamentação e o controle adequados e suficientes para outra substância. A LEAP acredita que às nações do mundo e aos diversos estados dentro dos Estados Unidos deve ser dada liberdade de ação regulamentar para experimentarem novos modelos que judiciosamente equilibrem as noções de liberdade sobre o próprio corpo com a necessidade de uma sensata regulação das drogas, voltada para a redução de mortes, doenças, dependência e danos.
1. A LEAP não promove o uso de drogas e tem profundas preocupações com a extensão do abuso de drogas por todo o mundo. A LEAP também se preocupa de forma igualmente profunda com o destrutivo impacto da violência de gangues e cartéis em todas as partes do mundo. A atual política de proibição das drogas não resolve nenhum desses problemas. Na realidade, o abuso de drogas e violência das gangues florescem no ambiente proibicionista, da mesma forma que floresceram durante a proibição do álcool.
2. A LEAP advoga a eliminação da política de proibição das drogas e a introdução de uma política alternativa de controle e regulação das drogas, incluindo pertinentes regulamentações impositivas de restrições à venda e uso de drogas em razão da idade, da mesma forma que existem restrições em razão da idade ao casamento, assinatura de contratos, álcool, tabaco, direção de veículos e operação de equipamentos pesados, direito de voto, e outras.
3. A LEAP acredita que o abuso de drogas por parte de adultos é um problema de saúde e não algo que diga respeito ao sistema penal, na medida em que tal abuso não afete outras pessoas ou a propriedade alheia.
4. A LEAP acredita que o uso de drogas por parte de adultos, ainda que perigoso, é algo que diz respeito à liberdade individual até onde não afetar a liberdade ou a segurança de terceiros.
5. Os porta-vozes da LEAP vêm de uma ampla diversidade de pensamento político e consciência social e reconhecem que em um mundo pós-proibição levará tempo para que o adequado equilíbrio regulamentador seja estabelecido, combinando modelos privados, públicos e médicos de forma a melhor controlar e regular as “drogas ilícitas”. Os porta-vozes da LEAPtêm liberdade de defender sua visão sobre as melhores estratégias pós-proibição, sem estarem atrelados a uma “linha partidária” da LEAP.
6. A LEAP reconhece que mesmo em um mundo pós-proibição as drogas ainda poderão ser perigosas e potencialmente aditivas, exigindo uma regulação e um controle adequados. Mesmo em uma economia de livre-mercado, regulamentações racionais para os fins de saúde pública constituem um princípio sólida e largamente aceito. Tal regulamentação não deve permitir a venda de drogas de forma indiscriminada, ilimitada ou casual.
7. A LEAP acredita que o governo tem uma obrigação relacionada à saúde pública de cuidadosamente verificar os riscos associados ao uso de cada “droga ilícita” e o dever de claramente comunicar essa informação ao público mediante etiquetas e advertências, de forma semelhante ao que é feito com alimentos, tabaco, álcool e remédios.
8. A LEAP acredita que uma desmedida quantidade de pessoas tem sido indevidamente encarcerada por violação de leis zero-tolerantes, criminalizadoras de não-violentos e consensuais “crimes relacionados a drogas”. O fim da proibição permitirá que essas pessoas sejam imediatamente libertadas, tenham os registros criminais cancelados e seus direitos civis plenamente restaurados. No entanto, a revogação da proibição das drogas não implica a absolvição ou a retirada de acusações por crimes conexos, tais como crimes violentos, crimes relacionados a armas, furtos, ou direção de veículos sob a influência de drogas. Além disso, a LEAP acredita que usuários de álcool ou outras drogas, agindo sob a influência de substâncias alteradoras da percepção, devem ser responsabilizados por qualquer conduta que cause danos a outras pessoas ou à propriedade alheia.
9. A LEAP acredita que pessoas que sofram com o abuso de drogas e a dependência e queiram ajuda devem ter garantidas diversas formas de assistência, incluindo tratamento e manutenção da droga, mesmo quando não tenham seguro-saúde. A LEAP acredita que, com o fim da proibição e a recuperação do controle sobre os gastos com a justiça criminal, uma fração da economia que assim se fará seria mais do que suficiente para custear a expansão dos serviços voltados para a dependência.
10. A LEAP reconhece que diferentes “drogas ilícitas” trazem diferentes riscos de dano. Assim, em um mundo pós-proibição, aLEAP reconhece que um determinado conjunto de regulamentações e controle para uma substância pode não ser a regulamentação e o controle adequados e suficientes para outra substância. A LEAP acredita que às nações do mundo e aos diversos estados dentro dos Estados Unidos deve ser dada liberdade de ação regulamentar para experimentarem novos modelos que judiciosamente equilibrem as noções de liberdade sobre o próprio corpo com a necessidade de uma sensata regulação das drogas, voltada para a redução de mortes, doenças, dependência e danos.
quinta-feira, 1 de janeiro de 2015
O invisível gaúcho negro.
http://folhadiferenciada.blogspot.com.br/2014/12/o-invisivel-gaucho-negro-um-ensaio.html
"...As gerações alemãs pós-guerra, herdeiras da vergonha do genocídio nazista, fizeram um “mea culpa” com a humanidade e mostraram que podiam ser uma nação civilizada. Os brasileiros, finalmente, estão assumindo a responsabilidade pela herança escravocrata e começaram a pagar a dívida com seus afrodescendentes, agora irmãos de sangue. Programas de inclusão e promoção social, como as cotas de ingresso nas universidades públicas e empregos estatais estão sendo criados para começar a consertar estragos da discriminação e do preconceito originados do poder oligárquico, quase sempre gerenciado pela elite branca.
Mas não bastam decretos. A mutação cultural demanda consciência e tolerância da sociedade. É no convívio diário, baseado no respeito, na solidariedade e na igualdade que vamos pagando nossa dívida do passado e mostrando que podemos, também, ser um povo civilizado e fraterno."
"...As gerações alemãs pós-guerra, herdeiras da vergonha do genocídio nazista, fizeram um “mea culpa” com a humanidade e mostraram que podiam ser uma nação civilizada. Os brasileiros, finalmente, estão assumindo a responsabilidade pela herança escravocrata e começaram a pagar a dívida com seus afrodescendentes, agora irmãos de sangue. Programas de inclusão e promoção social, como as cotas de ingresso nas universidades públicas e empregos estatais estão sendo criados para começar a consertar estragos da discriminação e do preconceito originados do poder oligárquico, quase sempre gerenciado pela elite branca.
Mas não bastam decretos. A mutação cultural demanda consciência e tolerância da sociedade. É no convívio diário, baseado no respeito, na solidariedade e na igualdade que vamos pagando nossa dívida do passado e mostrando que podemos, também, ser um povo civilizado e fraterno."
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