sexta-feira, 27 de março de 2015

Qual é a contribuição da mídia para o debate da redução da maioridade penal?



http://www.cartacapital.com.br/blogs/intervozes/qual-a-contribuicao-da-midia-para-o-debate-da-reducao-da-maioridade-penal-7054.html

"Os programas policiais, autointitulados jornalísticos, enfatizam uma suposta “alta periculosidade juvenil” e nos bombardeiam com manchetes sobre atos infracionais praticados com alto grau de violência e atentados contra a vida, sem apresentar as reais estatísticas da violência, ou muito menos problematizá-la." Natasha Cruz

quarta-feira, 25 de março de 2015

A HISTÓRIA DA MAIORIDADE PENAL - Hamilton Ferraz

http://justificando.com/2015/03/21/voce-conhece-a-historia-da-idade-penal-no-brasil/

"Talvez esta breve digressão histórica de nossa experiência penal juvenil pouco valor assuma enquanto argumento jurídico a favor ou contra a redução da maioridade penal; mas o valor da história talvez seja outro, mais profundo. Com Raúl Zaffaroni:
”Quando o ser humano perde a memória de seu passado, apaga sua identidade. Irremissivelmente montados sobre a flecha do tempo, quando não sabemos de onde viemos, ignoramos onde estamos, e, além disso, ignoramos para onde vamos.” – Eugenio Raúl Zaffaroni, prólogo de Matrizes Ibéricas do Sistema Penal Brasileiro – I.
No que diz respeito à redução da maioridade penal, pelo menos do ponto de vista histórico, é uma medida que não aponta para novos e mais emancipatórios caminhos em matéria de infância e juventude; ao contrário, seu horizonte se apresenta bastante perturbador, obscurecido pelas sombras de tempos passados que insistem em não nos abandonar."

sábado, 21 de março de 2015

O SOL NA MOLEIRA


Sol a pino
O homem sem sombra
Atravessa o dia

O sol na moleira
Ai que saudade
Da tua esteira
Ai que saudade
Da nossa aroeira

O sol na moleira
Não é vida que se queira
Tanta luz tanta canseira
O chão racha o garrão
A saudade o coração

O sol na moleira
Meu esforço é besteira
Teu esquecimento lição
Carrego suspenso um perdão
Careço de outra ilusão

O sol na moleira...

quinta-feira, 12 de março de 2015

Relatório aponta novo papel do professor como tendência



http://porvir.org/porpensar/relatorio-aponta-nov-papel-professor/20140630

"As novas tecnologias e abordagens pedagógicas estão transformando o papel do professor em sala de aula. Cada vez mais ele passa a ser um mentor, um guia para o aprendizado dos alunos. O mais recente relatório doNMC (New Media Consortium), que traz seis tendências e seis tecnologias que devem se difundir na educação básica até 2019, aponta essa mudança na atuação docente como algo que deve acontecer entre um a dois anos a partir de agora.
A justificativa do relatório para que o professor mude sua forma de atuação em tão pouco tempo vem do crescente acesso à internet por parte dos alunos. Com mais informação à disposição, os educadores deixam de ser a primeira fonte de conhecimento e se tornam ainda mais imprescindíveis no papel de orientação e mediação. Eles passam a ter que ensinar os estudantes a aprender ao longo da vida, a relacionar conteúdos pedagógicos com o mundo real e os instiga a aprofundar suas pesquisas para além da internet."

sábado, 7 de março de 2015

Mujica!


http://www.brasildefato.com.br/node/31479

"...Fórum – No mundo inteiro há uma crise de representatividade de figuras e partidos políticos, mas isso não ocorre com a sua figura, que as pessoas querem tão bem. Por que acha que isso acontece?
Mujica – Acho que uma explicação simples é que a república apareceu no mundo para negar o direito divino da monarquia e o direito de sangue da nobreza. A república veio para dizer que, basicamente, todos os homens são iguais. E que, como tal, temos as mesmas possibilidades e os mesmos direitos.
Porém, dentro da república, se repetem algumas ações que são de outra época. Então, a presidência tende a se assemelhar um pouquinho à monarquia: tem o tapete vermelho, tem uma corte, tem um mecanismo que a cerca. E isso é um incentivo para o presidente e a alta hierarquia do Estado viverem – sem se dar conta – de forma diferente de como vive a maioria daqueles que eles lideram. Desta forma, cria-se uma distância. Começam a viver como a minoria, como a minoria privilegiada. E essa distância, no modo de viver, nos costumes e das relações, o povo as nota, o povo as percebe quase que subjetivamente. Começa o descrédito e o “não acreditar” [nas instituições políticas]. Isso é muito perigoso, porque o homem é um animal utópico. No DNA do homem, está inscrita a necessidade de acreditar em algo.
Por que lhes digo isso? Em todas as cidades, em todas as épocas, em algum momento, os homens inventaram alguma religião para crer – e não há utopia maior que a religião. Isso você vai encontrar em todos as partes do mundo e em todas as épocas. Na sociedade moderna, quando as pessoas começam a ser pressionadas pelo mercado e não creem naqueles que as governam, não querem outra coisa a não ser o refúgio individual, com cada um pensando em si próprio e os demais não importando. E esse é o trunfo do egoísmo: a falta de credibilidade acaba por acentuar o egoísmo das pessoas. Perde-se o mínimo sentido de solidariedade e produz-se esse flagelo que é a sociedade moderna, que possui uma riqueza como nunca antes, e mesmo assim, ainda não tem nada para compartilhar.
Creio que privilegiamos demais a ideia de que a troca material determina a mudança do homem e não temos dado o papel devido à cultura e aos costumes nessa batalha. Até podemos ter um pensamento socialista ou socializante, porém, seguimos tendo uma cultura de conduta capitalista, da qual não damos conta. Nesse terreno, a disputa não está estabelecida, então nos movemos em uma sociedade de mercado e aqueles que estão contra isso, estão contra apenas do ponto de vista conceitual, pois suas vidas estão [nesse sistema] como se fosse em uma teia de aranha. Se você tem filhos, mas seus filhos veem que seus amigos ganharam brinquedos novos, isso vai te pressionar."

TUDO SE BARGANHA...



A rainha cheira cama
A princesa confusa reclama
Neste reino todo mundo trama
Nem o rei sabe da sua fama
Nem o súdito porque apanha
Cobiça tem uma sede tamanha
Entre o povo tudo se barganha
Amor, vida e a próxima façanha.


terça-feira, 3 de março de 2015

OLHOS CASTANHOS



Trago você nas coisas minhas
Mínimas rimas – tímidas sinas
Íntimas mímicas do olhar medroso
Numa longa ode – onde repouso

Trago você nas minhas costas
Arcadas costas – cordas cansadas
Castas notas que acalmam o peito
Dos sustos do amor – velho suspeito

Tenho você na minha frente
Como sempre – parece urgente
Pois sem você eu não aguento
Você que é – o único unguento

Tenho você num outro mundo
Injusto mundo – vazio e fundo
Lá a tristeza não tem tamanho
Ai que saudade – olhos castanhos